A nave central da igreja do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça é uma obra-prima do gótico português. Eleva-se no espaço ogival, suspensa por austeras colunas e reproduz num espaço de soberba simplicidade interior a imensidão do universo.
Esqueça a fachada, muito adulterada por efeitos barrocos dispensáveis e pelos arranjos exteriores que mais se assemelham a um deserto - para esquecer o que foi feito com o enquadramento deste edifício! - os olhos esquecem todo o pastiche da fachada da igreja e do areal que a rodeia e, entrada a grande porta, os olhos verticalizam-se com o espaço.
Esta é a nossa maior igreja, mas tal não é relevante. Nem sempre os grandes edifícios são equilibrados, antes pelo contrário. Não é o caso.
A igreja foi terminada em 1223 e tal ocorreu como consequência de uma promessa de D. Afonso Henriques, que prometera construir uma igreja e convento para a Ordem de Cister caso conquistasse Santarém aos mouros. O que veio a suceder em Março de 1147.
A igreja foi terminada em 1223 e tal ocorreu como consequência de uma promessa de D. Afonso Henriques, que prometera construir uma igreja e convento para a Ordem de Cister caso conquistasse Santarém aos mouros. O que veio a suceder em Março de 1147.
O claustro principal foi construído no reinado de D. Dinis e a monarquia continuou a apoiar este mosteiro com obras e melhoramentos diversos.
Deste mosteiro gosto particularmente da arquitectura original gótica e medieval: o refeitório, a imensa cozinha ( com água corrente) e o claustro do silêncio, encomendado por D. Dinis em 1308, com galerias depuradas e colunas duplas interpretam na perfeição a estética de Cister.
A sala dos reis é do século XVIII e apresenta a toda a volta um silhar de azulejos azuis e brancos e na parte superior das paredes representações dos reis portugueses até àquele período.
A sala dos reis é do século XVIII e apresenta a toda a volta um silhar de azulejos azuis e brancos e na parte superior das paredes representações dos reis portugueses até àquele período.
É em Alcobaça que se encontram os túmulos de Pedro e Inês. São as duas maravilhas da estatuária e da arte tumular portuguesas góticas. Dois grandes amantes merecem estes túmulos, virados um para o outro de forma a que D. Pedro, durante o juízo final, pudesse olhar a sua amada nos olhos.
Passear por Alcobaça, atravessar os rios Alcoa e Baça, apreciar as ruelas e as casas à beira rios, comprar chitas de Alcobaça, com os seus desenhos de influência indiana, constitui um complemento ao passeio interior que esta nave gótica nos incute.
Nota: Fotos e texto do Lobo
Faça uma visita virtual ao Mosteiro de Alcobaça em: http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Leiria.VR/Patrimonio/Alcobaca/MosteiroAlcobaca.html
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